Contracenando
com Palavras...
Assistindo
alguns filmes, onde as protagonistas falam seus pensamentos como se repetissem
a voz que vem de dentro. Eu relevei; isso é uma linguagem cinematrográfica, um
jogo de possibilidades do cinema, onde o oculto que há em nós, fala! Na TV não
vemos isso, e nem mesmo no dia a dia. Será que isso só ocorre nos livros e
filmes?
Não...Somos
o que pensamos! Somos também a voz velada do subconsciente, a voz permeável do
coração, a voz insone da mente, a voz transcendente do espírito, a voz candescente
da razão...
Essa
voz se revela em palavras, em códigos que se fundem com o som de nós mesmos. Muitas
vezes esse eco se funde com a loucura ou lucidez sobrepostas uma a outra, e nos
mostra o que somos.
Minhas
palavras são retiradas de minha alma. Do lado magnífico do ser que se esconde
em pensamentos, que por ora nem nós reconhecemos.
A
mulher possui a inquietude da fala íntima. Onde há necessidade de se ver
refletida em palavras indomáveis e atrozes...
Ah,
quem dera podermos decifrar cada código com aquilo que habita nossos cantinhos
enigmáticos...
A
solidão nunca vem despida de palavras. É ai que vivem nossos errantes
pensamentos, que nunca permanecem numa só contemplação de vida.
Dizem
que os olhos são o espelho da alma...Sendo assim, as palavras são a tradução
dela.
As
minhas ficaram, assim como aquilo que fui e serei por todo o sempre,
simplesmente contracenando com minhas palavras...
Mônica
Ribeiro
10/01/12