quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Contracenando com Palavras...

Assistindo alguns filmes, onde as protagonistas falam seus pensamentos como se repetissem a voz que vem de dentro. Eu relevei; isso é uma linguagem cinematrográfica, um jogo de possibilidades do cinema, onde o oculto que há em nós, fala! Na TV não vemos isso, e nem mesmo no dia a dia. Será que isso só ocorre nos livros e filmes?
Não...Somos o que pensamos! Somos também a voz velada do subconsciente, a voz permeável do coração, a voz insone da mente, a voz transcendente do espírito, a voz candescente da razão...
Essa voz se revela em palavras, em códigos que se fundem com o som de nós mesmos. Muitas vezes esse eco se funde com a loucura ou lucidez sobrepostas uma a outra, e nos mostra o que somos.
Minhas palavras são retiradas de minha alma. Do lado magnífico do ser que se esconde em pensamentos, que por ora nem nós reconhecemos.
A mulher possui a inquietude da fala íntima. Onde há necessidade de se ver refletida em palavras indomáveis e atrozes...
Ah, quem dera podermos decifrar cada código com aquilo que habita nossos cantinhos enigmáticos...
A solidão nunca vem despida de palavras. É ai que vivem nossos errantes pensamentos, que nunca permanecem numa só contemplação de vida.
Dizem que os olhos são o espelho da alma...Sendo assim, as palavras são a tradução dela.
As minhas ficaram, assim como aquilo que fui e serei por todo o sempre, simplesmente contracenando com minhas palavras...



Mônica Ribeiro
10/01/12

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