O toque tem memória
Te dei quatro beijos e fechei
seus olhos...
Peguei suas
pequeninas mãos, e abriguei-as nas minhas,
Senti com meu olfato
seu perfume de madressilva selvagem,
Sentei-me na janela a
contemplar teu sorriso e a perguntares;
Mastigastes uma
pétala de rosa?
Pois estás rubra nas
faces...
Ah, se teu poeta eu
fosse morreria de amor febril quantas vezes?
Viestes
sorrateiramente me inspirar,
Com tuas vestes de
neve e gestos de fada.
Que meu romance a ti
é platônico bem sei,
Mas que minha alma
atormentada foge em versos desconsolada
A clamar por teus
brios...
E se faço versos, é
porque foste tu adoçar minha morada.
E me deixas, então,
senhora, pra que eu morra amando,
E chegue pisando
devagar em teus lençóis de algodão
Por onde passei
contigo, a declamar o que tu és,
A tocar-lhe os seios
em botão,
Pois aqui eu bem
digo, que meu céu é seu coração...
Mônica Ribeiro
21/12/11
Este poema eu escrevi
inspirada pelos versos de um dos grandes poetas do Romantismo, do Séc. XIX, John Keats (Inglês, morreu
sentindo-se fracassado, aos 25 anos, em Roma)
Não canso de olhar o quanto amei esta foto...
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