quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


O toque tem memória

Te dei quatro beijos e fechei seus olhos...
Peguei suas pequeninas mãos, e abriguei-as nas minhas,
Senti com meu olfato seu perfume de madressilva selvagem,
Sentei-me na janela a contemplar teu sorriso e a  perguntares;
Mastigastes uma pétala de rosa?
Pois estás rubra nas faces...
Ah, se teu poeta eu fosse morreria de amor febril quantas vezes?

Viestes sorrateiramente me inspirar,
Com tuas vestes de neve e gestos de fada.
Que meu romance a ti é platônico bem sei,
Mas que minha alma atormentada foge em versos desconsolada
A clamar por teus brios...
E se faço versos, é porque foste tu adoçar minha morada.
E me deixas, então, senhora, pra que eu morra amando,
E chegue pisando devagar em teus lençóis de algodão
Por onde passei contigo, a declamar o que tu és,
A tocar-lhe os seios em botão,
Pois aqui eu bem digo, que meu céu é seu coração...

Mônica Ribeiro
21/12/11

Este poema eu escrevi inspirada pelos versos de um dos grandes poetas do Romantismo, do  Séc. XIX, John Keats (Inglês, morreu sentindo-se fracassado, aos 25 anos, em Roma)

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